Parnasianismo (1882 - 1902)
No Brasil, teve seu início em 1882, com a obra "Fanfarras", de Teófilo Dias.
A palavra parnasianismo, provém de Párnaso, lugar da Antiga Grécia habitado por deuses, onde os poetas buscavam inspiração. Os poetas parnasianos desejavam fazer um poema belo, perfeito, como uma joia. A forma do texto é valorizada e a linguagem elaborada.
"Invejo o ourives quando escrevo."
"Quero que a estrofe cristalina
Dobrada ao jeito
do ourives. sai da oficina
Sem um defeito"
Olavo Bilac.
Eram comparados com Ourives, aquele que faz jóias, por tamanha perfeição dos poemas.
O lema dos parnasianos é "Arte pela Arte", isso significa que essa poesia desempenham uma função utilitária, e sim estética, ou seja, a poesia parnasiana se preocupa em primeiro lugar com a beleza do texto com a escolha das palavras mais belas, mais raras, muitas vezes procuradas em enciclopédias. Preferem o uso de soneto, já que é um clássico, além de rimas perfeitas, ricas e preciosas.
Foram chamados de poetas em torre de marfim, pois a linguagem que usavam não era compreendida pelos reles mortais, e a realidade que declaravam não era a mesma do Brasil.
Os parnasianos retomam o conceito clássico de beleza, ou seja, são influenciadas pelos clássicos da antiguidade, por isso, nos textos parnasianos há a presença de paganismo, da mitologia, , do antropocentrismo (valorização da vida material, mundana), uso de uma linguagem culta, elegante, mas sem enfeites, "elegante na simplicidade". Os poetas usavam da Impassibilidade Poética, em que os poetas não demonstravam paixões ou emoções, somente o uso da razão era ´permitido´.
Os parnasianos preferem a ordem direta (SUJEITO+VERBO+COMPLEMENTO) e as comparações, pois são mais claras do que as metáforas. A poesia parnasiana dá trabalho, não é fruto de inspiração, é um trabalho suado, intelectual, braçal, racional. A poesia parnasiana quer se aproximar o máximo possível das artes plásticas, para tanto, usam a descrição. O poeta trabalha, teima, lima, sofre e sua.
"Porque o escrever - tanta perícia
tanta requer
Que ofício tal ..nem há notícia
de outro qualquer"
Olavo Bilac.
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